Maioria Absoluta?
O Tribunal Constitucional (TC) divulgou, no dia 31 de Janeiro, os resultados oficiais das eleições presidenciais do passado dia
22 de Janeiro que deram a vitória a Cavaco Silva, com 2.773.431 votos (50,54%).
A proclamação oficial dos resultados foi feita pelo presidente do Tribunal Constitucional, Artur Maurício, na Sala dos Actos do Palácio Ratton, em Lisboa.
O segundo candidato mais votado foi Manuel Alegre, dirigente do PS que se candidatou a Belém contra a vontade do partido, que obteve 1.138.297 votos (20,74%).
O ex-presidente da República Mário Soares, apoiado pelo PS, foi o terceiro com 785.355 votos (14,31%).
Os resultados oficiais confirmam também o quarto lugar de Jerónimo de Sousa, apoiado pelo PCP, com 474.083 votos (8,64%), o quinto de Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, com 292.198 (5,32%) e o sexto lugar de Garcia Pereira, do PCTP/MRPP, com 23.983 votos (0,44%).
O Tribunal Constitucional contabilizou 9.085.339 eleitores inscritos, dos quais votaram 5.590.132, sendo considerados válidos 5.487.347 votos.
A partir da data de proclamação dos resultados, o TC tem 90 dias para apreciar a legalidade das contas das candidaturas.
Ou seja a esquerda teve 2.713.933 o que traduz menos 59.498 votos, o equivalente a um estádio da Luz.
Se contássemos os votos brancos como votos válidos o que seria da mais elementar justiça (vide o livro de José Saramago) o Cavaco Silva teria 49,60% dos votos.
É a primeira vez na história da democracia desde o 25 de Abril que um presidente é eleito sem ter a maioria dos votantes!

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