Escola ,instrumento essencial ?

Na recepção, à Selecção de futebol, o nosso Presidente da República pediu que os respectivos jogadores fossem “um exemplo para as crianças”, dois dias depois, Cristiano Ronaldo, presumível herói da criançada, agrediu um luxemburguês em pleno campo, e que o herói atribui a “andar excitado”, não são exemplos destes que precisamos, as crianças já andam excitadas que chegue. Segundo dados recolhidos, é vulgar que os alunos transportem navalhas e pistolas. Em 2004/2005 houve 1232 ‘ofensas à integridade física’ nas escolas e, no mesmo período e pelas mesmas ofensas, 191 pessoas receberam tratamento em hospitais. É a famosa violência escolar.
Não vale a pena. As crianças são violentas porque percebem que, à semelhança do que acontece com o suposto exemplar Cristiano, as suas acções, por muito brutais que sejam, ficam impunes. Neste sentido, as crianças não têm culpa. Não por serem pobrezinhas de espírito mas por serem humanas.
A civilização que temos ergueu-se sobre este princípio simples, de que a escola, na ausência da família, constituía um instrumento essencial. Infelizmente, a civilização que temos já dispôs de melhores dias. E da escola nem se fala.
A violência escolar não começou ontem, apenas foi transferido dos docentes, para os instruendos (quem nunca ouviu da boca dos pais que antigamente é que era escola a sério, com o fantasma erro/porrada ), que entretanto, naturalmente, assumiram o controlo. O poder, por assim dizer, caiu na rua, ou para ser exacto, no recreio.
Eu sei que as crianças são o futuro. Mas, com esta escola?


Fiquem bem,
Giusti