QUE MOTIVO ?

O que se sabe do arguido não justifica qualquer das suas brutais acções:
- Não augurava uma carreira criminosa;
- Serviu como soldado e cabo, na GNR, durante 25 anos e com múltiplos louvores;
- É católico praticante e venera João Paulo II;
- Foi em peregrinação a Fátima, no preciso mês em que o primeiro homicídio se consumou e nos meses subsequentes aos outros dois homicídios;
-Foi eleito para uma Assembleia de Freguesia, pelo PSD, poucos dias após a consumação do segundo acto brutal;
- É admirador confesso do seu conterrâneo Salazar;
Desta curta biografia ressalta que o alegado homicida não é um excêntrico e apresenta afinidades com muitas pessoas.
- Identificava-se com o poder e a autoridade, alinhava com a maioria (religiosa e política) e era bem visto pela comunidade.
- Familiarmente, tudo parecia correr-lhe pelo melhor com um casamento aparentemente estável e dois filhos ;
O que pode ter levado um homem com estas características a matar?
Violou as vítimas?
Matou pelo prazer de matar, para obter satisfação sexual?
Agiu por compulsão, devido a uma psicopatia qualquer?
O que revelarão ao Tribunal os médicos que realizarem uma eventual perícia psiquiátrica?
Não creio que o ‘nosso’ suspeito se haja dirigido a um médico, muito menos que haja um capaz de garantir o verdadeiro móbil do crime, que seja viável de justificar às famílias das vítimas a perda de um ente querido.
Com motivação ou sem esta, estes crimes serão sempre rotulados de horrendos.
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