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Opinião Granjense: «Revolução Web 2.0»

quarta-feira, novembro 15, 2006

«Revolução Web 2.0»

Aqui em Lisboa não recebo muita informação, mas chegou-me esta notícia que achei bastante interessante. Aqui fica ela:

«Revolução Web 2.0» chama cibernautas à criação de conteúdos

A Internet ganhou desde 2004 uma nova definição, «Web 2.0», hoje em discussão no 16º Congresso de Comunicações, em Lisboa, que dá corpo a uma segunda geração de serviços alimentados pelos cibernautas e que abre novas oportunidades de negócio.

As comunidades online, os «blogs» ou os «fotologs» são alguns dos serviços que deram forma ao conceito «Web 2.0», criado por Tim O`Reilley, para acentuar a diferença em relação aos conteúdos estáticos tradicionais da Internet até ao início do milénio.

Esta geração pretende ser participativa e informativa, conclui-se do debate «Uma Revolução Chamada Web 2.0», o que significa uma multiplicação de conteúdos na Internet e necessidade de maior organização para que os utilizadores não se percam na informação.

A «Web 2.0» nasceu, entre outros serviços e aplicações, com o Blogger, as redes sociais virtuais, como o Hi5 ou Orkut, e com os espaços de partilha, como o YouTube ou Flickr, que fazem do utilizador um «criador de conteúdos».

Segundo Andrew Wychoff, director da Divisão de Informação, Computação e Políticas de Comunicação da OCDE, a redução dos preços de acesso à banda larga permitiram o crescimento do número de utilizadores e um reflexo na própria economia.

Além disso, a simplicidade e rapidez de acesso graças à banda larga permitem a participação mais activa.

Segundo dados apresentados por Andrew Wychoff, o número de «blogs» duplica a cada seis meses, o vídeos disponibilizados pelo YouTube são vistos diariamente por 100 milhões de pessoas, o Flickr aloja mais de 200 milhões de fotos, o que demonstra a importância que estes espaços ganharam na Internet.

Carlos Liz, da APEME, apresentou a perspectiva nacional da adesão a esta revolução, caracterizada pelo entusiasmo crescente pelas tecnologias, mas também por receio do utilizador em perder-se em informação.

Os utilizadores são chamados a aderir pela forma natural de expressão, através do recurso a uma linguagem juvenil e ao ritmo diário de funcionamento direccionado para a acção, e pelas plataformas colaborativas que transmitem um «sentimento de pertença a uma comunidade», afirmou Carlos Liz.

No lado negativo desta nova perspectiva da «nova» Internet, que pode gerar alguma resistência, está a exigência de uma exposição excessiva, o medo de se perder num oceano de dados e a necessidade de manter um controlo do conhecimento, segundo Carlos Liz.

Participou também neste painel o autor da «Geração Blogue», o jornalista italiano Giuseppe Granieri, centrou parte do seu discurso na introdução dos novos motores de busca, como o Google, Amazon, eBay ou Wikipedia, que vieram colmatar uma falha organizativa do Yahoo, o motor de busca precedente.

Ainda assim, o excesso de informação disponível na Internet necessita ser controlado e só pode sê-lo através do utilizador, daí a importância da «Web 2.0».

A aplicação desta rede social às redes móveis é difícil, segundo explicou Guive Chafai, director-adjunto da Alcatel Mobile Communication em Portugal, uma vez que poucas empresas se dedicam à matéria e também ao preço elevado do tráfego.

No caso de aderir, as operadoras móveis teriam a oportunidade de aumentar a utilização de serviços de dados e de conteúdos gratuitos, bem como de aumentar as suas receitas.

Do lado dos websites de «social networking», uma parceria com as operadoras móveis iria permitir um aumento do alcance do site e, igualmente, um aumento das receitas visto que nas redes móveis os consumidores pagam.

Nuno Artur Silva, CEO da produtora de conteúdos Produções Fictícias, considera que, face ao actual esbatimento de fronteiras entre a realidade e a ficção, a próxima grande novidade serão jogos online no formato do «Second Life», em que dentro de uma lógica participativa, são criados universos míticos e o futuro pertence a quem conseguir criar e expandir essas mitologias.

De acordo com o responsável das Produções Fictícias, hoje vive-se numa «lógica de multi-plataformas, onde se perde a aura do criador e ganha o poder de criar quem tiver marcas mais fortes, sendo que é dessa força que advém o lucro».

A «revolução Web 2.0» é um passo em frente com uma aposta nos conteúdos criados por especialistas e não apenas por meros utilizadores, podendo falar-se inclusive de uma «web 2.1».

Nuno Bernardo da BeActive considera que o panorama da web 2.0 remete mais para uma evolução do que para uma revolução.

Os hábitos de consumo alteraram-se, «o canal de televisão, a rádio, o jornal deixaram de ser o mais importante, passando a nossa atenção a orientar-se para o produto».

A web 2.0 já não passa por uma pesquisa estruturada, mas «uma pesquisa indexada por uma palavra-chave cuja ferramenta são os motores de busca» e que visa um consumo imediato.

Diário Digital / Lusa


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