Foi pior a emenda que o soneto...
Há mulheres que ficam para a história...
Há aquelas que com muita força de vontade conseguiram marcar o mundo, abrindo caminho pela multidão machista da sociedade;
Houve outras que só se fazendo passar por homens se conseguiram destacar pois se mantivessem a sua identidade verdadeira nunca teriam sido levadas a sério por serem mulheres, mais uma vez o machismo no seu maior;
Houve também aquelas que ficaram marcadas na história por terem estatutos altos ou baixos mas que no entanto, apesar de nobres feitos deram em doidas;
Depois há outras que são consideradas as culpadas de tudo o que acontece à sua volta mesmo que não tenham feito nada para o merecer.
No primeiro caso estão todas aquelas que vocês conhecem e se lembram e outras que nunca ouviram falar por vossa exclusiva culpa. Fica aqui um monte de nomes que devem investigar para vossa própria cultura geral: Berthe Morissot, Mary Cassat, Madame Elizabeth Vigée-Le Brun, Frida Kahlo, Beatrix Potter...
No segundo caso, por exemplo, está a menina George Eliot, nascida Mary Ann Evans...não mudou de sexo, naturalmente pois ela viveu durante o século XIX, tendo escrito vários livros de romance histórico. Retratava a sociedade fielmente e sempre com grande sensibilidade.
No terceiro caso, está por exemplo a nossa bem querida D. Maria I...rainha por direito e herança de seu pai D José I, viveu durante o século XVIII...apesar de ter morrido já no século XIX não podemos considerar que o viveu pois nos últimos 24 anos de vida passou-os com uma determinada doença mental, enlouqueceu por assim dizer, mas antes disso nos seus tempos de reinado foi considerada demasiadamente pia e uma mulher contra tudo e todos os que consideravam o trabalho do Marquês de Pombal louvável. Felizmente na sua corte existiam pessoas que a impediram de destruir todo o trabalho do Marquês.
A outra foi Joana d'Arc, que viveu durante o século XV e ficou conhecida por ter lutado na Guerra dos Cem Anos e por entre muitos actos de valentia ter dado ao Delfim de França a possibilidade de ser coroado rei na catedral de Reims como rei Carlos VII. Porém, ela sofria de esquizofrenia dizendo que desde pequena ouvia vozes divinas a dizer-lhe o que devia ser feito, as mesmas vozes que a mandaram lutar a favor do rei de França. Mais tarde foi acusada de bruxaria e heresia pelos ingleses e queimava viva, tinha 19 anos. Algum tempo depois o seu processo de acusação é reaberto e considerada inocente. Muito tempo depois, nos anos 20 do século XX foi beatificada e assim considerada Santa Mártir.
No quarto e último caso, estão duas rainhas consorte, elas são Maria Antoinieta de Habsburgo e Lorena e Alexandra Feodorovna. Ambas foram acusadas como sendo culpadas pelos caminhos que as suas nações seguiram....para a miséria e consequente revolução. Pois...veja-mos, sem dizer que não a uma eventual perda de consciência e atitudes mimadas de alguém mimado ou alguém com muito dinheiro sem saber o que fazer com ele penso o seguinte:
Maria Antonieta desde que foi Versalhes que foi denominada descrentemente como a "Austríaca", devido ao facto dela ter nascido em Viena e ser filha da arquiduquesa da Áustria Maria Teresa; desde que lá entrou para casar com o Delfim de França Luís que foi gozada tanto pela corte como pelo povo pois, em primeiro lugar, foi chamada culpada por não trazer um filho herdeiro do trono...todos pensavam que a culpa era dela quando de facto o problema residia no Delfim que não sabia nada sobre sexualidade, muito menos como devia fazer e etc.. de maneira que só aos 22 anos de idade deu à luz uma menina a quem chamou Maria Teresa, tal como sua mãe. Depois as coisas acabaram por se endireitas, nesse campo, nasceram mais filhos incluindo o herdeiro varão.
Porém, nesses 7 anos que se viveram entre a sua chegada até ao momento em que tivera a primeira filha, de maneira a animar um pouco a situação e ganhar forças para lidar contra os maus olhados, ela divertia-se a comprar vestidos, sapatos e toda uma grande gama de acessórios que levava a festas organizadas por ela e convívios que tinha com apenas alguns amigos. É certo que gastou muitos francos com isso mas ninguém a pode criticar...estava no seu direito.
O facto dela ter tido uma educação negligenciada pela família fez com que ela crescesse e tornasse numa menina pouco dada a assuntos mais profundos. Ela inclusive detestava estar ao pé de mulheres mais inteligentes que ela. Mas como todos os seres humanos se conseguem adaptar Às condições onde vivem, ela acabou por amadurecer e ganhar mais maturidade no que toca a assuntos de Estado, dando conselhos ao seu marido e tudo.
Por isso não a podem culpar de ter sido a culpada da crise que França estava a passar. Ela tinha casado com um homem, Luís XVI, tímido e sem qualquer capacidade para cuidar de França e do seu povo. De maneira que ele era muito influenciado pelos ministros de estado para tomar decisões. Só para verem, ele tinha mais interesse e "jeito" para a caça do que propriamente para reinar. Tanto que o país foi progressivamente caindo num estado de miséria. Miséria que tinha começado já no reinado do seu avô, tendo piorado com a falta de crédito sano nas decisões referentes ao estado e com um ano especifico em que houve um quente verão que queimou as plantações seguido por um inverno rigoroso.
Foi inevitável a Revolução. Morreram os dois na Guilhotina, ele morreu como Rei e ela, em vez de ter sido enviada para Áustria ou presa numa torre como faziam normalmente com as rainhas, foi igualmente guilhotinada.
Alexandra Feodorovna casou, como todos sabem, com o seu grande amor de infância Nicolau II Czar de toda a Rússia. Tal como Antonieta, foi considerada culpada pela queda dos Romanov. Pois, mas tal como aconteceu com o caso anterior, também Nicolau II não levava a sério o seu cargo e não percebia nada do assunto e detestava ser Czar. Ele próprio o dizia nos seus diários pessoais. A culpa também não foi inteiramente dele pois ele não recebeu a preparação esperada para o cargo de Czar pois o seu pai, Alexandre III tinha preferência pelo filho Miguel, ele sim tinha personalidade capaz de governar o país porém não era o filho varão, de maneira que o cargo foi para o seu irmão mais velho. No seu primeiro discurso com czar argumentou em poucas palavras que iria ser mantida a autocracia do czar e que não ia pensar muito nos problemas do povo, eram "assuntos insensatos".
Não ia demorar muito que acontecesse uma Revolução.
Tal como Maria Antoinieta, Alexandra era de origem Alemã e o factor de ser de outra pátria trouxe com isso novos motivos de chacota e gozo...mesmo por motivos bastante disparatados mas que traziam sempre chatices.
Fome por entre o povo, opulência por entre a nobreza, confrontos com outras nações... inicio dos ideais Comunistas a circular pelo povo...guerras e Revolução.
O Czar abdicou do poder e foi levado mais a esposa e família para a Sibéria, mais tarde foram levados para os Montes Urais, na casa Impatiev, durante o governo de Lenine.
A família ficou presa durante algum tempo, não tendo privacidade e levando uma vida regrada. Com o aproximar do exercito branco, os monarquistas que estavam, então, contra a revolução, os novos governantes ordenaram a necessidade de exterminar a família para impedir que fosse recolocada no poder. Todos morreram fuzilados menos duas herdeiras que sobreviveram aos disparos pelas balas terem ficado presas nos corpetes que vestiam(repletos de jóias escondidas)tendo sido assassinadas com baioneta.
Sinceramente, não é esperado numa mulher naquele tempo como sendo rainha consorte, que fosse esperado que ela tomasse decisões importantes. A culpa reside na falta de espírito de liderança por parte de Nicolau e a culpa da queda dos Romanov é inteiramente dele e só dele.
Isto pode não ser um buraco na estrada da Granja mas é pequeno buraco de história da qual a Granja faz parte por simplesmente pertencer ao mesmo planeta onde todos aqueles nomes pertencem e viveram. Ideias.
Há aquelas que com muita força de vontade conseguiram marcar o mundo, abrindo caminho pela multidão machista da sociedade;
Houve outras que só se fazendo passar por homens se conseguiram destacar pois se mantivessem a sua identidade verdadeira nunca teriam sido levadas a sério por serem mulheres, mais uma vez o machismo no seu maior;
Houve também aquelas que ficaram marcadas na história por terem estatutos altos ou baixos mas que no entanto, apesar de nobres feitos deram em doidas;
Depois há outras que são consideradas as culpadas de tudo o que acontece à sua volta mesmo que não tenham feito nada para o merecer.
No primeiro caso estão todas aquelas que vocês conhecem e se lembram e outras que nunca ouviram falar por vossa exclusiva culpa. Fica aqui um monte de nomes que devem investigar para vossa própria cultura geral: Berthe Morissot, Mary Cassat, Madame Elizabeth Vigée-Le Brun, Frida Kahlo, Beatrix Potter...
No segundo caso, por exemplo, está a menina George Eliot, nascida Mary Ann Evans...não mudou de sexo, naturalmente pois ela viveu durante o século XIX, tendo escrito vários livros de romance histórico. Retratava a sociedade fielmente e sempre com grande sensibilidade.
No terceiro caso, está por exemplo a nossa bem querida D. Maria I...rainha por direito e herança de seu pai D José I, viveu durante o século XVIII...apesar de ter morrido já no século XIX não podemos considerar que o viveu pois nos últimos 24 anos de vida passou-os com uma determinada doença mental, enlouqueceu por assim dizer, mas antes disso nos seus tempos de reinado foi considerada demasiadamente pia e uma mulher contra tudo e todos os que consideravam o trabalho do Marquês de Pombal louvável. Felizmente na sua corte existiam pessoas que a impediram de destruir todo o trabalho do Marquês.
A outra foi Joana d'Arc, que viveu durante o século XV e ficou conhecida por ter lutado na Guerra dos Cem Anos e por entre muitos actos de valentia ter dado ao Delfim de França a possibilidade de ser coroado rei na catedral de Reims como rei Carlos VII. Porém, ela sofria de esquizofrenia dizendo que desde pequena ouvia vozes divinas a dizer-lhe o que devia ser feito, as mesmas vozes que a mandaram lutar a favor do rei de França. Mais tarde foi acusada de bruxaria e heresia pelos ingleses e queimava viva, tinha 19 anos. Algum tempo depois o seu processo de acusação é reaberto e considerada inocente. Muito tempo depois, nos anos 20 do século XX foi beatificada e assim considerada Santa Mártir.
No quarto e último caso, estão duas rainhas consorte, elas são Maria Antoinieta de Habsburgo e Lorena e Alexandra Feodorovna. Ambas foram acusadas como sendo culpadas pelos caminhos que as suas nações seguiram....para a miséria e consequente revolução. Pois...veja-mos, sem dizer que não a uma eventual perda de consciência e atitudes mimadas de alguém mimado ou alguém com muito dinheiro sem saber o que fazer com ele penso o seguinte:
Maria Antonieta desde que foi Versalhes que foi denominada descrentemente como a "Austríaca", devido ao facto dela ter nascido em Viena e ser filha da arquiduquesa da Áustria Maria Teresa; desde que lá entrou para casar com o Delfim de França Luís que foi gozada tanto pela corte como pelo povo pois, em primeiro lugar, foi chamada culpada por não trazer um filho herdeiro do trono...todos pensavam que a culpa era dela quando de facto o problema residia no Delfim que não sabia nada sobre sexualidade, muito menos como devia fazer e etc.. de maneira que só aos 22 anos de idade deu à luz uma menina a quem chamou Maria Teresa, tal como sua mãe. Depois as coisas acabaram por se endireitas, nesse campo, nasceram mais filhos incluindo o herdeiro varão.
Porém, nesses 7 anos que se viveram entre a sua chegada até ao momento em que tivera a primeira filha, de maneira a animar um pouco a situação e ganhar forças para lidar contra os maus olhados, ela divertia-se a comprar vestidos, sapatos e toda uma grande gama de acessórios que levava a festas organizadas por ela e convívios que tinha com apenas alguns amigos. É certo que gastou muitos francos com isso mas ninguém a pode criticar...estava no seu direito.
O facto dela ter tido uma educação negligenciada pela família fez com que ela crescesse e tornasse numa menina pouco dada a assuntos mais profundos. Ela inclusive detestava estar ao pé de mulheres mais inteligentes que ela. Mas como todos os seres humanos se conseguem adaptar Às condições onde vivem, ela acabou por amadurecer e ganhar mais maturidade no que toca a assuntos de Estado, dando conselhos ao seu marido e tudo.
Por isso não a podem culpar de ter sido a culpada da crise que França estava a passar. Ela tinha casado com um homem, Luís XVI, tímido e sem qualquer capacidade para cuidar de França e do seu povo. De maneira que ele era muito influenciado pelos ministros de estado para tomar decisões. Só para verem, ele tinha mais interesse e "jeito" para a caça do que propriamente para reinar. Tanto que o país foi progressivamente caindo num estado de miséria. Miséria que tinha começado já no reinado do seu avô, tendo piorado com a falta de crédito sano nas decisões referentes ao estado e com um ano especifico em que houve um quente verão que queimou as plantações seguido por um inverno rigoroso.
Foi inevitável a Revolução. Morreram os dois na Guilhotina, ele morreu como Rei e ela, em vez de ter sido enviada para Áustria ou presa numa torre como faziam normalmente com as rainhas, foi igualmente guilhotinada.
Alexandra Feodorovna casou, como todos sabem, com o seu grande amor de infância Nicolau II Czar de toda a Rússia. Tal como Antonieta, foi considerada culpada pela queda dos Romanov. Pois, mas tal como aconteceu com o caso anterior, também Nicolau II não levava a sério o seu cargo e não percebia nada do assunto e detestava ser Czar. Ele próprio o dizia nos seus diários pessoais. A culpa também não foi inteiramente dele pois ele não recebeu a preparação esperada para o cargo de Czar pois o seu pai, Alexandre III tinha preferência pelo filho Miguel, ele sim tinha personalidade capaz de governar o país porém não era o filho varão, de maneira que o cargo foi para o seu irmão mais velho. No seu primeiro discurso com czar argumentou em poucas palavras que iria ser mantida a autocracia do czar e que não ia pensar muito nos problemas do povo, eram "assuntos insensatos".
Não ia demorar muito que acontecesse uma Revolução.
Tal como Maria Antoinieta, Alexandra era de origem Alemã e o factor de ser de outra pátria trouxe com isso novos motivos de chacota e gozo...mesmo por motivos bastante disparatados mas que traziam sempre chatices.
Fome por entre o povo, opulência por entre a nobreza, confrontos com outras nações... inicio dos ideais Comunistas a circular pelo povo...guerras e Revolução.
O Czar abdicou do poder e foi levado mais a esposa e família para a Sibéria, mais tarde foram levados para os Montes Urais, na casa Impatiev, durante o governo de Lenine.
A família ficou presa durante algum tempo, não tendo privacidade e levando uma vida regrada. Com o aproximar do exercito branco, os monarquistas que estavam, então, contra a revolução, os novos governantes ordenaram a necessidade de exterminar a família para impedir que fosse recolocada no poder. Todos morreram fuzilados menos duas herdeiras que sobreviveram aos disparos pelas balas terem ficado presas nos corpetes que vestiam(repletos de jóias escondidas)tendo sido assassinadas com baioneta.
Sinceramente, não é esperado numa mulher naquele tempo como sendo rainha consorte, que fosse esperado que ela tomasse decisões importantes. A culpa reside na falta de espírito de liderança por parte de Nicolau e a culpa da queda dos Romanov é inteiramente dele e só dele.
Isto pode não ser um buraco na estrada da Granja mas é pequeno buraco de história da qual a Granja faz parte por simplesmente pertencer ao mesmo planeta onde todos aqueles nomes pertencem e viveram. Ideias.
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