Em Agosto de 2003, uma carrinha em contramão embateu na bicicleta guiada por Bruno Nunes, um rapaz de sete anos, causando-lhe a morte. O Tribunal de Castelo Branco atribuiu a culpa do acidente à criança, pois não teve cuidado ao entrar na estrada, e os pais têm agora de pagar cinco mil euros – três mil de custas judiciais e o resto em despesas de hospital.
Os pais dizem-se vítimas de uma “injustiça” por terem de pagar as despesas uma vez que não foram eles a colocar o processo em tribunal, foi o Ministério Público, e agora têm de pagar. Além disso, alegam não ter dinheiro, arriscando-se a verem os seus bens penhorados.
Segundo os pais, o menino estava a deixar a casa quando foi atingido por uma carrinha e arrastado 11 metros. O veículo circulava junto a um muro, do lado esquerdo da faixa de rodagem, e atingiu uma roda da bicicleta, quando a vítima saía por um portão.
A família, está revoltada por o tribunal ter imputado a culpa do acidente à criança.
O pai trabalha na construção civil e a mãe é doméstica. A seu cargo têm a filha, de 20 anos, e a neta, de 17 meses. Com muitas despesas e muito pouco dinheiro apresentaram um requerimento ao tribunal para que a dívida seja paga a prestações. Se a decisão não lhes for favorável os seus bens podem ser penhorados. O único bem que possuem é a casa onde moram desconhecendo como vai ser se a penhora avançar.
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